NÃO DEVEMOS JULGAR O OUTRO: O julgamento defendido por Jesus.

Lição 11 – II Trimestre de 2022

Quando Jesus disse: “não julgueis”, Ele usou o verbo krinô, que no grego significa decidir, escolher, aprovar, estimar e preferir. Ensinar que não podemos julgar alguém tão somente baseado em nossas observações ou pela aparência pessoal. O próprio Senhor Jesus foi julgado pelos escribas e fariseus por comer com pecadores (Lc 5.30). Eles estavam errados porque a missão de Jesus era chamar os pecadores ao arrependimento (Lc 5.32). As Escrituras Sagradas nos ensinam a não julgarmos como também não admitir falso rumor e a testemunhar falsamente contra alguém (Êx 23.1).

COMENTÁRIO

Assim está escrito em João 7.24 (ARA): “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”. Os escribas e os fariseus se prendiam na Lei para fazer seus julgamentos, mas faziam isso de modo totalmente pervertido, sem atentar realmente para o espírito da Lei.

Na verdade, suas tradições e ritos religiosos, os sistemas externos, tudo isso falava mais forte do que o sentido espiritual da Lei, portanto, o reto juízo não vem da mera trivialidade de normas exteriores, nem de imposições legalistas, mas origina-se verdadeiramente de um discernimento espiritual, daqueles que realmente têm a mente de Cristo (1Co 2.16), que desenvolvem com Ele uma verdadeira comunhão.

Quando lemos Êxodo 23.6 (ARA), está escrito assim: “Não perverterás o julgamento…”. Aqui estava se falando para não deturpar os direitos do pobre no tribunal. No hebraico, o verbo perverter é natah e tem vários sentidos, mas quero ficar apenas com este: virar para o lado, inclinar, declinar, curvar-se. Quem julga sem base, sem verdade, está procurando virar para o lado, esconder a verdade.

Na Bíblia, encontramos dois tipos de julgamento em que se escondeu a verdade. O primeiro que citaremos foi promovido pela ardilosa e satânica Jezabel. Ela, dissimuladamente, formulou um julgamento contra Nabote para se apossar de sua herança, a qual não negociou com seu marido, Acabe, de modo que o sentenciou à morte injustamente (1Rs 21.2-15).

O segundo julgamento envolveu Davi, que no momento em que o profeta Natã, em parábola, falou do rico que se apossara da ovelhinha do pobre, prontamente disse que o tal deveria morrer, não sabendo que se tratava dele mesmo (2Sm 12.1-7). Nos dois casos, o julgamento foi pervertido. Portanto, amados e queridos irmãos, julguemos segundo a verdade, com provas cabais, sempre buscando o bem, e não segundo a aparência.

Gomes. Osiel,. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pag. 207-209.

Jesus os repreende por avaliarem as coisas tão superficialmente, ou seja, “segundo a aparência”. Em contraste, eles deveriam julgar com justiça. A implicação do verdadeiro discernimento vem de João 3-17ss, levando em conta o significado de “juiz” (krino, em grego) que aparece ali. Quando as pessoas vão para a luz, elas passam do julgamento para a vida e podem “ver” claramente (ou seja, “julga[r] segundo a reta justiça”, Jo 7.24).

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pag. 530.

A miséria da presunção religiosa:

A letra pode matar. Eles usavam a lei de Moisés a fim de impor uma perversão espiritual.

Haviam sido cegados pelas condições, ritos e cerimônias de natureza externa.

O sectarismo cega, e isso se aplica hoje às denominações c seus credos.

Considera os maus efeitos da soberba humana! O homem a quem excluís quiçá seja melhor homem de Deus do que tu.

O reto juízo é segundo o discernimento espiritual. Isso nos vem através da comunhão com a Luz. (Joào 21:7-9), paralelamente à cautela contra o orgulho espiritual e as cadeias denominacionais. Teremos a mente de Cristo, se ele tiver os nossos corações. (Ver notas em I Cor. 2:16).

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 2. pag. 389.

Minha fonte:

https://professordaebd.com.br/

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