Glorificar a igreja
No capítulo anterior pudemos observar que a igreja deve ser arrebatada antes da grande tribulação, e este é o propósito do arrebatamento. A bíblia apresenta a igreja como sendo a noiva de Cristo:
“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” (Ef 5:25-27)
No casamento judeu, após os pais do noivo terem pago o dote pela noiva (Gn 24:53; 34:12), era marcado o dia do casamento e esta não sabia o momento da chegada deste, que era anunciado por um grito; ao encontrar a noiva, o noivo e os parentes da noiva a elogiavam, seguindo-se o banquete de comemoração, e este deveria ser na casa do noivo. Neste mesmo esquema de ritual, Jesus fará com sua noiva, a igreja; ele a buscará para estar com ele; no céu será galardoada através do tribunal de Cristo (Rm 14:10; II Co 5:10), seguido pelo banquete das bodas do cordeiro (Ap 19:7, 9).
Para que todo o propósito espiritual que existe entre Cristo e Sua igreja possam se cumprir, é necessário que haja um arrebatamento, ou seja, que o noivo venha buscar sua noiva para consumar esta união, de outro modo outros ensinos como os mencionados acima perderiam todo o valor. Portanto o arrebatamento é necessário para que a igreja seja glorificada.
Galardoar os crentes em Jesus que já morreram.
Uma característica importante do arrebatamento é o fato de nele estarem incluídos os crentes que já morreram “porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis” (I Co 15:52). Com certeza estes poderiam ser ressuscitados com os demais na grande tribulação (Ap 20:4), porém receberão um galardão diferenciado juntamente com toda a igreja viva.
Livrar a igreja do sofrimento da grande tribulação.
No capítulo anterior observamos alguns pontos que demonstram que o arrebatamento será antes da grande tribulação, isto porque não é aceito pelas Escrituras que a igreja passe por este juízo. Existem três juízos a que o cristão é submetido, 1) Seu juízo mediante a morte de Jesus na cruz do calvário (João 12:31-32). Ao crer na morte vicária de Cristo, a pessoa é submetida a juízo, e porque agora tem a Cristo como seu advogado (I João 2:1) é absolvido de todos os pecados, sendo perdoado todo seu passado de incredulidade. 2) O juízo diário em que o Espírito Santo opera através do processo da santificação. A este processo podemos chamá-lo de auto-julgamento, ou seja, sendo uma habitação do Espírito Santo o crente em Jesus não consegue ter uma vida dissoluta sem que se sinta culpado; sobre isto Paulo diz que: “Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo”. (I Co 11:31-32). 3) Este não é propriamente um juízo, no sentido de ser salvo ou não, representa um juízo onde os crentes serão submetidos para serem galardoados, cada um conforme as suas obras. (II Co 5:10).
Se tivermos esta visão percebemos claramente que não resta outro juízo para a igreja, vemos em Ap 3:10, justamente este aspecto, de que a igreja será poupada de qualquer juízo que será estabelecido com a vinda da grande tribulação, como vimos anteriormente a igreja aguarda seu noivo para que ela não sofra as aflições vindouras.
FONTE: Matéria Escatologia – Filemom Escola Superior de Teologia – Uberaba MG
Pr. Mateus Duarte